outubro 20, 2019

Enunciado TP1-1Semestre-UMA 2019

Elaboração de “Proposta de Plano de Pormenor”
Projecto III, 2019 - 1º  semestre

Introdução
Numa recta final do curso de arquitectura e respectiva componente pedagógica, mas igualmente numa fase de transição para o verdadeiro exercício profissional enquanto arquitecto, o aluno deverá passar por uma experiência, onde atravessa a totalidade das fases e escalas de trabalho, de pensamento e de reflexão sobre o seu exercício profissional num qualquer contexto urbano e concreto.

Da interpretação e análise de um espaço alargado em forma de P.P. (Plano de Pormenor), dos planos de organização metodológica e preparação para uma intervenção, á materialização de uma proposta concreta de intervenção no território, o aluno desenvolverá um trabalho contínuo de análise em grupo e posteriormente numa proposta individual submetendo a sua própria interpretação ás diretivas e linhas condutoras que o grupo defina.

Assim, partindo da elaboração de uma proposta de “Plano de Pormenor”, o aluno tentará analisar uma área de estudo definida e delimitada, face a todo um conjunto de estruturas de pensamento, intervir, alterar, salvaguardar e assim propor uma linha de intervenção para a definição do território.

Este primeiro trabalho pretende uma consciência das etapas que o arquitecto deve ter em conta em todo o processo de concepção mas igualmente fazer a síntese dos conhecimentos adquiridos ao longo do seu percurso académico. Por fim a escolha de um local de intervenção, definindo um plano, um programa base, onde, ao propor no desenvolvimento do trabalho em forma de PBL, testará o plano que definiu e a sua aplicabilidade em exercício profissional enquanto arquitecto.
1-OBJECTIVOS específicos
Deverá o aluno atender aos objectivos gerais e específicos consagrados no programa da disciplina. Destes resume-se e complementa-se:
-  Compreensão e o domínio da escala urbana;
-  Entendimento da escala; proporção; relação vertical e horizontal do espaço e edificado, ou seja, construído e não construído, entre outros;
-  Os movimentos e usos dos espaços em função do seu destino e função, fluxos e outras condicionantes;
-  Compreender e dominar a métrica, a dimensão, a escala humana de cada edifício em si;
-  Reconhecer os meios e ferramentas disponíveis e condicionantes legais e regulamentares; 
-  Materialização num plano objectivo em escala de “Plano de Pormenor”;
-  Quantificação e estruturação do espaço habitável em quadros sinópticos e estimativas de custos e funcionamento;
-  Materialização em plantas, perfis, demais informação tridimensional para percepção da proposta.

2-PROGRAMA
Um Plano de pormenor
O aluno, procurará um entendimento de uma área ou áreas a definir pelo docente, sua análise morfológica, sua escala, ritmos, volumetrias e em cada edifício, novamente a mesma procura pela caracterização da parte e do todo, para apresentar uma proposta de Plano de Pormenor com as respectivas peças desenhadas e escritas, bem como caracterização tipológica e funcional, ou quantificação do espaço construído proposto.
Serão definidas pelo docente, algumas áreas a serem estudadas em grupo ou individualmente e feita uma primeira proposta de intervenção individual para a área estudada condicionadas pelas linhas gerais de intervenção.
Destas áreas deverão as mesmas reportar a identidades de ocupação distintas, bem como imagens de cidade diferenciadas.
A criação de grupos de trabalho será da responsabilidade e indicação do docente PARTICULARMENTE PARA ELABORAÇÃO DA MAQUETA DE TRABALHO E DA BASE DA PROPOSTA.

Conteúdos e faseamento do trabalho
Primeira fase – LevantamentoAnálise e perceção do espaço / área de intervenção e área de influência em questão. Da esc. 1/25.000 até 1/5000.
Segunda fase - Estudo preliminar de ocupação, transformação ou mera análise formal quantitativa, em quadro de áreas gerais e desenhos-base de ocupação territorial. Esc. 1/5000 e 1/2000.
Buscando referências e modelos, poderá e deverá o aluno remeter-se para uma análise comparativa/ justificativa ou de inspiração em modelos convencionais ou existentes como ponto de partida e de linha geradora da proposta. Deverá nos seus desenhos de percurso, refletir essa mesma influência ou referência de investigação.
Terceira fasea proposta de intervenção representada nas peças necessárias ao bom entendimento do objecto e do espaço, com o pré-projecto executivo. Esc. 1/1000; 1/500 e 1/50 (perfis e espaços exteriores e de carácter estruturante da proposta)

Mês de Março            Introdução ao capítulo e ao programa a desenvolver- considerações gerais;
Mês de Abril               Interpretação dos programas e desenvolvimentos das propostas -estudo prévio;
Mês de Maio               Acompanhamentos individual e Colectivo dos trabalhos em curso;
Mês de Junho             Acompanhamento individual - Apresentação de “Casos”;
Mês de Julho              Conclusão do trabalho e apresentação de Dossier para avaliação;

Pontos de situação:
Dia 27 de Março         Ponto de Situação e Avaliação Intermédia Pontual Escrita
Dia 17 de Abril            Ponto de Situação e Avaliação Intermédia - LevantamentosAnálise e Diagnóstico
Dia 29 de Maio           Ponto de Situação e Avaliação Intermédia  - Entrega Preliminar da Proposta
Dia 19 de Junho         Entrega da Proposta  - Formalização e Conclusão
Dia 26 de Julho           Apresentações - Conclusão do trabalho
Dia 10 de Julho           Entrega Final da Proposta com Maqueta e Painéis Finais - Apresentações

Dia 17 de Abril Entrega preliminar levantamentos
Folha 1- Planta de Localização e identificação da área de estudo  1/5.000/ outras
Folha 2- Planta de Apresentação com área envolvente     1/5.000/ outras
Folha 6- Planta de Zoneamento       1/5000     1/10000
Folha 7Perfis do terreno -análise das volumetrias envolventes gerais   1/5000     / outras
Folha 8.1 e 8.2- Planta e perfis de espaços construídos    1/ 2000  1/500 ou 1/100 
Folha 9- Planta e perfis de espaços não construídos        1/ 5000    / outras
Folha 10- Planta e perfis e divisão cadastral     1/ 5000 ou 1/2000
Folha 11- Planta e perfis de usos   1/ 5000    / outras
Folha 12- Planta e perfis de cérceas   1/ 5000    / outras
Folha 13- Planta e perfis de progressão horizontal   1/5000     / outras
Folha 14- Planta e perfis de progressão vertical    1/5000     / outras
Folha 15- Planta e perfis de estrutura e hierarquia viária    1/ 5000    / outras
Folha 16- Planta geral de pavimentos (parcial)   1/5000     ou 1/2000
Folha 17- Planta geral de Áreas verdes   1/2000     / outras
Folha 18- Planta geral de Condicionantes   1/5000     / outras
Folha 19- Planta geral de Infraestruturas e redes   1/2000     / outras

Maqueta de volumes                                                                                                      esc. 1/500              Estudos

Dia 29 de Maio - Entrega Preliminar da Proposta
Folha 20- Planta de Localização e identificação da área de estudo  1/5.000/ outras
Folha 21- Planta de Apresentação com área envolvente   1/5.000/ outras
Folha 22- Faseamento de intervenção    1/5000     1/10000
Folha 23Perfis do terreno -análise das volumetrias envolventes gerais   1/5000     / outras

Dia 26 de Julho - Entrega Final da Proposta
Folha 20- Planta de Localização e identificação da área de estudo   1/5.000/ outras
Folha 21- Planta de Apresentação com área envolvente 1/5.000/ outras
Folha 22- Faseamento de intervenção   1/5000     1/10000
Folha 23Perfis do terreno -análise das volumetrias envolventes gerais     1/5000     / outras
Folha 24- Planta geral de Trabalhoárea de intervenção- (técnica cotada; Quadro sinóptico)   1/2.000/ outras
Folha 25- Planta Vermelhos e Amarelos
Folha 26- Planta de Zoneamento Existente e proposta   1/5000     1/10000
Folhas restantes executivas e de materialização da proposta

Dia 10 de Julho Entrega Final de Semestre - Apresentações
Dossier completo - re-entrega final de todos os elementos e folhas desenvolvidas devidamente corrigidas
Painel A1 – (Proposta de intervenção)        A1 (ao alto) 
Maqueta do trabalho      A definir pela escala da áreas em estudo
Peças escritas - Memória descritiva e Justificativa  (Estrutura e descrição dos princípios da intervenção)
Maqueta   da área de intervenção  PROPOSTA 1/500 (com alçado)

(painel-formato digital, pdf enviado por email até dia de entrega, 12:00- uma.nunooliveira@gmail.com)

O Regente de projecto
(Nuno Oliveira, arquitecto)


Anexo 1
Desenvolvimento - Orientações para o desenvolvimento do trabalho
(Texto complementar)
Peças desenhadas- (Dossier A2)
O dossier, entenda-se como sendo um conjunto de informação num determinado formato, optado neste caso pelo docente por – A2, que resulta de um trabalho contínuo, onde esteja reflectida a evolução do mesmo e consequentemente do aluno.
Todo o trabalho deve constar dos desenhos impressos, dos esquissos, dos pensamentos e toda a informação que o aluno tenha materializado e organizado em formato A2 “ao baixo”. Poderá o aluno em folhas normalizadas compilar noutros formatos, de início do trabalho, mas deverá servir-se das impressões para evoluir e registar todas as alterações á proposta.
Desta informação, deve o aluno atender ás relações iniciais de implantação da proposta com a envolvente, em várias escalas de trabalho bem como todo o desenvolvimento em plantas, cortes, alçados ou meras e referências desenhadas.
No final e em resultado da evolução do trabalho, o estudo da ocupação do território, das condicionantes legais e regulamentares, resulta em pormenores de execução em esquisso, sinal de uma reflexão da evolução do conceito do projecto até á sua materialização.
Deverá numa fase anterior á entrega apresentar propostas de pormenorização sobre as vias estruturantes e secundárias que organizam e melhor condicionam a proposta. 
De uma escala geral da proposta o aluno escolherá uma parte do mesmo e desenvolverá sucessivamente até ao estudo a 1/200 de um qualquer espaço edificado. Deverá nesta última fase do trabalho, compilar toda a informação e comprovar o seu entendimento em registos contínuos. Malhas estruturantes, plantas, cortes ou outros elementos gráficos, são alguns elementos que se prevê como ilustradores desta escala de trabalho e o culminar de um percurso desde os estudos preliminares ao projecto de execução da escala urbana.

Para melhor compreensão da proposta, mas igualmente para justificar e compreender a análise feita pelo aluno sobre o território escolhido, será oportunamente apresentado e fornecida uma lista e explicação das peças desenhadas utilizadas como orientação e minuta para o desenvolvimento do trabalho.
Peças escritas
Uma memória descritiva e Justificativa deverá começar por descrever física e volumetricamente a proposta, mas não esquecendo a coerente justificação de todo o processo. Deverá a mesma ser acompanhada por imagens que ilustrem de uma forma clara o discurso. Imagens do local e da envolvente, fotos de maquetas, imagens de referência, perfis e ângulos na escala humana e urbana que permitam o melhor entendimento da proposta e principalmente na relação do indivíduo ao espaço urbano.

Um conceito, uma ideia ou um conjunto de ideias que foram sendo registadas ao longo do processo, ilustradas por desenhos de percurso, e concluindo a mesma memória num pequeno caderno de encargos descritivo sobre “O conceito de cidade”.

Não esquecer a abordagem a questões técnicas como redes ou subsistemas como eletricidade, rede hidráulica ou outra.
De salientar que em todo o discurso e na sequência das matérias apreendidas, o aluno deverá explicar a relação da proposta com as condicionantes programáticas, a relação da mesma com o seu contexto. O ambiente, o clima, a exposição solar ou até os materiais utilizados, sejam estruturais ou de revestimento, sempre numa perspectiva de entendimento e relação da proposta com o contexto.
A escolha de paramentos ou pavimentos, pode ser variada para desmontar os conhecimentos adquiridos, ainda que a opção seja uma apenas, mas demonstre por comparação o entendimento do processo e material escolhido.
Maqueta
Uma maqueta de estudo não é mais do que uma forma de entender volumetricamente e espacialmente o estudo e a proposta. Na escala de trabalho a 1/500 ou outra que melhor se adeque á área em questão deverá atender ás relações com o “sítio”- a envolvente directa ou em determinados casos recorrendo ao sky-line, condicionantes espaciais mais alargadas, sendo que a mesma, deve ser claramente reflexo desse estudo. Para esta escala, qualquer material, seja leve e fácil de trabalhar serve o propósito.

Nesta segunda maqueta de proposta final deverá então ter atenção ás aberturas, proporção e expressão volumétrica e dos materiais utilizados. Deverá usar para este caso, Kline, ou placas de “esferovite”, cartão ou outro, mas que possibilite a percepção do ritmo de aberturas, relação volumétrica dos vários pisos e corpos, e principalmente a relação do objecto com a escala humana.

Peças desenhadas- (Painel A1)
Numa perspectiva de materializar e sistematizar os conhecimentos adquiridos, um trabalho de final de curso requer um especial cuidado na apresentação e síntese da proposta. A capacidade do aluno em desenvolver uma proposta, mas igualmente apresentar, justificar, e argumentar com um discurso seu, coerente e organizado faz parte dos objectivos pedagógicos e académicos.
Igualmente numa perspectiva de levar a um conhecimento público o produto do ensino que se pretende de qualidade, organizamos várias sessões de apresentação das propostas em avaliação contínua, em aulas informais e será o mesmo trabalho apresentado em formato final em sessão própria e formal.
Assim, pretende-se a apresentação de um painel, como resumo do trabalho e sendo fornecida uma minuta de orientação com rosto em que o aluno por sua escolha e decisão organiza o conteúdo. A capacidade de síntese, bem como a qualidade e conteúdo do trabalho e produto final, será a última apreciação a resultar numa avaliação anual.

Dois painéis são o sugeridos para apresentação da proposta.
O primeiro, um resumo com a identificação da intervenção, localização e implantação traçam os primeiros riscos, esboços, linhas geradoras e orientadoras do trabalho. Uma ou outra imagem da referência ou de uma representação expressiva das linhas de força da proposta. Cheios/vazios; massa construída/ arruamentos; espaço público ou espaço privado, entre outras formas de representação.
Planta, corte e alçado a uma escala 1/2000 a 1/500, um ou outro pormenor ou esquisso, fotos de referências, ou outros elementos resumem e servem de base para uma apresentação e exposição oral da proposta.

Um segundo painel, pretende materializar a uma escala superior os estudos efectuados. A uma escala de execução do plano-1/1000 e partes representadas a 1/500 ou superior, justificam e exemplificam a possível execução e materialização da proposta. Perfis de arruamentos e relação da escala humana com o edificado, são elementos fundamentais para compreender a proposta. Não deverá ser, no entanto, esquecida a componente de síntese, onde parágrafos, “palavras chave”, ou identificação, ilustram cada peça.

O Regente de projecto:
(Nuno Oliveira, arquitecto)

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