outubro 20, 2019

Textos de apoio, Reflexão Teórica, Plano de Pormenor, 5º Ano, Proj III, UMA 2019

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS- Aulas Teóricas


Plano de pormenor- 1º Semestre
Capítulos
A1 - A história do espaço urbano.
A2 - O planeamento e estruturação do território.
A3 - A organização do território urbano.
A4 - Relações e métodos de análise. Quantificação e classificação.
A5 - Analise do espaço construído e relação com o homem.
A6 - A proposta - O projecto de intervenção.
A7 - A evolução e consequência da intervenção - Do levantamento á proposta - Confrontos e conclusões.

A1- HISTÓRIA DO ESPAÇO URBANO

Da ocupação da antiguidade histórica á ocupação moderna, passando por períodos medievos, entre outros.
A lógica da Urbanidade. Distribuição populacional, evolução do espaço em função da ocupação pelo homem.
O crescimento das cidades.
Da cidade da antiguidade Histórica á cidade moderna.
A cidade “Amuralhada”. O crescimento radial e progressivo.
Modelos urbanos, lineares e radiais.
A revolução industrial, o “êxodo rural “e a “maquina do habitar”
A ocupação de cidades, produto da afluência massiva da população rural.
A apropriação do espaço e das culturas.
A cidade em função da distribuição funcional e actividades comercial ou serviços.  O parque habitacional
Movimentos pendulares e distribuição da população em função das culturas e outros fatores determinantes.
Vias estruturantes- O território, os fluxos
O espaço arquitectónico e urbano
A escala de cidade e do homem
Análise urbana de uma área de intervenção
O espaço habitacional

A importância dos modelos urbanos e experiências de planeamento e reestruturação urbana ao longo da história.
Do tempo romano ao tempo moderno. A velocidade. As experiências corbusianas.
A importância do entendimento da identidade urbana e do contexto na intervenção urbana.
Luanda e seus problemas e condicionantes.
Modelos a aplicar e a necessidade de entendimento da adaptabilidade desses modelos á realidade, contexto e consequência no local de intervenção.

A2- O PLANEAMENTO E ESTRUTURAÇÃO DO TERRITÓRIO.

Análise e zonamento de proposta. Propostas de intervenção Pré-existências. A importância dos modelos urbanos

Do planeamento ao Projecto de licenciamento, passando pelos planos de pormenor, 
Escalas de trabalho.
O PIP, Planos Diretores, PU, PP, PS, PE.
Plano diretor e planos de pormenor- estratégias de gestão urbana, inter-relação entre eles e as suas escalas e profundidade de abordagem e de trabalho.
O desenho Urbano e escalas de intervenção ao nível do quarteirão.
Gestão de cidade, o individuo e o território.
A consequência dos planos estratégicos em função de definições macros da cidade na realização dos planos de pormenor e outros.
A materialização dos valores quantitativos na equação definida de intervenção- O quadro Sinóptico geral, os censos, os levantamentos demográficos.

A3 - A ORGANIZAÇÃO DO TERRITÓRIO URBANO

A relação dos espaços ao nível cadastral.

Volumetria, e relação entre o espaço construído e o espaço afecto.
Localização e identificação dos equipamentos e espaços principais urbanos.
Perfis de arruamentos e condicionamento de fluxos. Entradas e entregas de espaços aos arruamentos.

Relação entre o espaço publico e semipúblico.
Hierarquia e relação do espaço com as vias.

Perfis de construção, relação de escala entre os edifícios. Proporção e dimensão. 
Relação vertical do espaço construído. O piso térreo e relação como o espaço publico. O piso superior e a sua relação funcional ou multifuncional com o edifício.
A convivência de funções ao nível vertical e a convivência funcional perante o espaço publico urbano.
A distribuição funcional no território- identificação e analise do território a intervir

As escalas de intervenção - O planeamento e estruturação do território
Vias estruturantes- O território, os fluxos e circuitos gerais de circulação de bens e pessoas.
O tecido ferroviário, rodoviário, Marítimo e fluvial- Importância dos movimentos e distribuição ao longo do território. A macro escala.
As artérias urbanas principais e secundárias em função da distribuição funcional e estratégica de gestão urbana.
A malha urbana. Modelos Soluções e aplicações práticas de intervenção
O espaço arquitectónico e urbano O espaço habitacional
A escala de cidade e do homem
As macro cidades e as urbes de escala menor.
A distribuição funcional no território- identificação e analise do território a intervir.

A4 - RELAÇÕES E MÉTODOS DE ANALISE. QUANTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO

Análise e desenvolvimento do Quadro Sinóptico
Índices e importância dos rácios e sistematização dos dados- quadro sinóptico.
Propostas de intervenção Pré-existências. A importância dos modelos urbanos
Modelos e formas de ocupação do território.
O uso dos espaços, espaço púbico e privado, relações hierárquicas e de dependência entre o individuo e o espaço.
Análise e zonamento de proposta.
A.Int. – A.Inf. - Análise urbana de uma área de intervenção e área de influência.

Análise e zonamento de proposta. Enquadramento urbano e relação entre proposta e existente.

Vias, malhas, dimensão dos quarteirões em função da sua ocupação funcional.
As Cotas urbanas.  A cota “0”; “-1”  e ”1”. Os perfis e a relação dos volumes de construção em função da estrutura viária que o sustenta, bem como a distribuição funcional e articulação dos espaços urbanos em função esta relação.
A importância da relação do piso térreo e relação do espaço publico e privado na entrega ao mesmo. Relações de fluxos privados e públicos.
Acessos ao sistema viário.
A relação das cotas inferiores como sustentabilidade de fluxos e de garante de infraestruturas da malha construída.
A convivência multifuncional.
Áreas consolidadas habitacionais e áreas de carente resolução de integração na distribuição funcional urbana.
Colocação estratégica de equipamentos de apoio ao espaço publico e de lazer com fim á reabilitação de espaços, e criação de focos dinamizadores na malha urbana proposta.
As áreas de lazer em função da escala do “sítio”.
Os perfis da rede viária, seus fluxos, sua relação com o espaço publico adjacente e relação deste com o programa funcional proposto.
A linha de água. Exemplos de reabilitação de cursos hídricos para melhoria das condições de convivência do espaço publico. Coimbra, V. N. De Famalicão, Gaia entre outros.
As margens, a relação e transferência de vivencias tendo como elemento aglutinador e convergente os cursos de água integrados em arranjos paisagísticos urbanos.


A5 - ANÁLISE DO ESPAÇO CONSTRUÍDO E RELAÇÃO COM O HOMEM

O espaço arquitectónico e urbano. Comportamentos resultantes e condicionadores em função do espaço urbano.
A distribuição funcional e multifuncional das cidades e aglomerados.
Localização e identificação dos equipamentos e espaços principais urbanos.
A importância das cérceas para a compreensão da transição de espaços
Habitação comércio, serviços, equipamentos, 
Relações e inter-relações entre identidades funcionais e ocupacionais especificas.
Materialização e condicionamento de fluxos e movimentos do individuo.
As vias, A massa construída, os fluxos, o espaço consolidado e espaço carente de intervenção, a alteração dos usos e consequência da intervenção.
Volumetria, e relação entre o espaço construído e o espaço afeto.
Perfis de arruamentos e condicionamento de fluxos.
Perfis de construção, relação de escala entre os edifícios. Proporção e dimensão. 
Relação vertical do espaço construído. Progressão vertical e horizontal
Os arruamentos e estrutura viária principal e secundaria
Entradas e entregas de espaços aos arruamentos.
Relação entre o espaço publico e semipúblico.
Hierarquia e relação do espaço com as vias.
O piso térreo e relação como o espaço publico.
O piso superior e a sua relação funcional ou multifuncional com o edifício.
Os espaços cheios e vazios
A relação dos espaços ao nível cadastral.
O espaço habitacional- relação de apropriação do espaço.
A endo-culturação e a importação de modelos e de identidades externas.
As referências urbanas e conhecimento apriorístico e teórico na elaboração dos planos. A cidade viva- a apropriação empírica e de ordem natural do homem no espaço urbano

Exemplificação com alguns tipos de perfis para relação entre os diferentes espaços com diferentes identidades urbanas.
A escala do Homem.
A relação da frente urbana com a malha viária que a serve.
Modelos e experiências de resolução de conflitos viários.
Os cruzamentos, Rotundas, atravessamentos aéreos e subterrâneos.
Os passadiços e as pontes, viárias e pedonais.
Resolução do parque de estacionamento em função das artérias, sua escala, sua possibilidade de alteração. Parque exterior e subterrâneo, paralelo ou Perpendicular

O espaço urbano, visita (google) a algumas cidades.
Perfis de ruas
Espaços consolidado e por consolidar.

Tipologias e funções- Convivência de espaços.
Morfologia da construção
Compreensão da escala urbana.
O interior dos quarteirões. Interioridades.
Sentidos convergentes e lineares.
A relação do espaço publico com o espaço privado.
A importância da cota térrea e a relação do espaço de transição para o espaço publico.
O comercio como ponte de ligação e distribuição urbana. 
Tipos de ocupação e importância da atribuição funcional na articulação dos espaços urbanos.
Distribuição programática funcional como exemplo de resolução do edifício e sua relação com o espaço urbano publico.
As frentes urbanas, topos, relação de paralelismo e perpendicularidade das edificações como as artérias que os servem

A importância das cérceas para a compreensão da transição de espaços existentes e propostos.
O alinhamento de cérceas e integração de uma malha edificada existente num plano.
Regularização de frentes urbanas e operacionalização da mesma.
A importância cadastral na atribuição de características e condicionamentos ao nível do plano de pormenor.
Nivelamentos e desnivelamentos viários.
A importância da relação entre as margens de vias primárias.
Atravessamentos e relações pedonais. Circuitos e fluxos, viários e pedonais.
A importância das pré-existências como referência do “sitio”.

A viabilidade e adequabilidade do plano á realidade urbana existente versus criação de modelos propostos para alteração do uso e do comportamento urbano.
Afastamento entre edificações. Proporção e escala. (A regra dos 45)
Noção de distâncias e afastamentos a eixo e a extremas.
Operações de loteamento ou propriedade horizontal. O lote horizontal e vertical. 
Polígono máximo, implantação, afastamentos á extrema e ás edificações vizinhas.
Os coeficientes de ocupação. Densidades.
Preenchimento do quadro sinóptico. Objectivos, Metodologia.
Relações formais de edifícios e espaços construídos.
Pontos focais. Edifícios de interesse.
O cruzamento, a avenida, a rua e o bairro. Características identitárias.


Análise e desenvolvimento do Quadro Sinóptico
O espaço publico e privado. Espaços intermédios, Espaços de transição, espaço semipúblico e semiprivado.
Relação ao nível do espaço construído e espaço não construído- Fluxos dependentes e condicionados e condicionadores da caracterização dos espaços e da sua utilização
Barreiras arquitetónicas.
Desenho do espaço publico e de transição e consequência deste n a caracterização do mesmo.
O piso -1; 0 e os pisos subsequentes. A influencia da tipologia ocupacional nos fluxos e condicionantes no espaço publico.
Relação de proximidade e espaços afetos ao quarteirão, ao lote, ao edifício.
O lote unifamiliar, lote geminado, edifício habitacional ou multifuncional. Convivências, 
Sentido s convergentes e divergentes
A área de influência como causa e consequência 
A comprovação dos fluxos de movimentos em função da hierarquia e estruturação da malha viárias e inserção desta numa rede urbana global e municipal.
A estratificação social, económica em função da área de ocupação do espaço, de implantação e áreas não construídas adjacentes e envolventes para a caracterização do espaço e sua vivência

A6 - A PROPOSTA- O PROJECTO DE INTERVENÇÃO

A viabilidade e adequabilidade do plano á realidade urbana existente
Condicionantes regulamentares, programáticas e funcionais.
A escala de cidade e do homem.
Proporção e dimensão. O uso dos espaços em função das circulações e movimentos da população.
A escala das vias e das frentes urbanas. Reflexo da densidade urbana na vida e nos fluxos da mesma.
A escala da cidade e a escala da metrópole.
Os comportamentos humanos em função do espaço que percorre. As funções e a conivência das mesmas.
A escala dos edifícios.
O piso térreo e a relação do espaço comercial com a via pública.
A convivência de funções ao nível vertical e a convivência funcional perante o espaço publico urbano.
O pátio, a praça, a rua, a avenida.

A7 – A EVOLUÇÃO E CONSEQUÊNCIA DA INTERVENÇÃO DO LEVANTAMENTO Á PROPOSTA- CONFRONTOS E CONCLUSÕES

Neste capítulo a proposta d e intervenção procura a relação entre espaço e existente e transformação do mesmo perante a atuação no património urbano publico e provado.
Desenvolver um plano de pormenor, significa, uma consciência do espaço e da sua identidade encontrada e a real consciência da consequência dessa intervenção.
Uma proposta deve no final ser devidamente testada e equacionada para que o processo de aprendizagem seja construtivo e experimental enão se resuma num simples plano sem a exequibilidade ou aplicabilidade do próprio plano.


Textos de apoio, Plano de Pormenor, Proj III, UMA 2019

“Planos de Pormenor”

Um Plano de Pormenor divide-se essencialmente em 3 partes:
1-                  Levantamento, análise e formulação de uma Proposta de intervenção numa qualquer direcção conceptual, seja de consolidação, reconstrução, reestruturação ou convergindo numa série de princípios e acções que se conjugam em cada uma das partes ou componentes encontradas no território ou área em questão. Esta fase é uma fase de estudo, de identificação e de proposta de alteração, pelo que a sua argumentação ou demonstração de princípios e resultados são refletidos num quadro sinóptico que de entende como resumo estatístico e orientativo de tipo de ocupação e quantificação ou caracterização da população e território existente e propostoA esta caracterização chamamos de “CARÁCTER IDENTITÁRIO” de um lugar, de um território, de uma comunidade, de uma população;

   

Neste levantamento, entendimento morfológico, social, administrativo, cultural do território e da população que o habita, muitos são os fatores de influencia, muitas são as condicionantes que devem ser analisadas fazendo uma triagem e desmultiplicação destes meemos fatores para depois, de uma análise pontual, factual, filtrada, possa ela mesma ser a contribuição para o entendimento do espaço e da população. As peças de levantamento, as peças de análise, os diagnósticos sobre estas peças desenhadas, levantamentos estatísticos tornam-se na ferramenta para a delineação de uma estratégia de intervenção no território. 
Destes levantamentos, a caracterização fria, objetiva da população e do espaço como número de habitantes, sua definição demográfica, sua caracterização, deus usos e costumes, seus desempenhos e cumplicidades com o espaço são alguns dos elementos que ora numa leitura pragmática ora dando início a uma leitura mais subjetiva porque mais humanizada reflete o carácter identitário daquela população.
São inúmeros os elementos e factores de influência bem como as peças necessárias a realizar para um bom entendimento do espaço e da população. Pretende-se que o aluno procure nestas a leitura e interpretação o mais assertiva, global e completa possível, sugerindo, pois, algumas para suporte e sustento ou argumentação da tal estratégia de intervenção.

    

             

2-                  Uma componente executiva que materializa as decisões, intenções e proposta real de intervenção. Uma via, seu perfil, suas cotas e medidas numa “Planta de trabalho”, descrição dos materiais, métodos de execução, quantificação de trabalhos ou demais, refletidos num “dossier de execução” e num “caderno de encargos” para efeitos de concurso e execução de empreitada - Este dossier, de extrema importância, é um suporte regulador da quantificação e avaliação dos custos e do controlo implícito para a fiscalização dos trabalhos. Após a aprovação e publicação, a elaboração do caderno de encargos para efeitos de atribuição da empreitada, juntamente com as peças iniciais, resulta no maior rigor e cabal controlo sobre o conhecimento e domínio da gestão orçamental que este implica. 


      
Depois de incluído no PIP, (Plano de Investimento Público), a sua cabimentação faseada, não só permite a sua implementação no terreno e real “aplicabilidade do plano” como resulta num maior aproveitamento e controlo dos custos. A peça de “faseamento da proposta”, torna-se por isso fundamental na implementação real de um plano alargado no tempo e muitas vezes necessária a sua adaptação e reequação perante as alteração do território e da população que aí reside, sempre se transforma e é tão activa e volátil quanto o próprio espaço igualmente se transforma rapidamente e no tempo alargado de implementação do próprio plano. Assim torna-se o mesmo, se a escala largada e demasiado ambiciosa apenas num plano de intenções, de direções, de estratégia e não de um aplano executivo. Outras figuras são menos ambiciosas, mas igualmente importantes dada a sua imediata e fácil implementação. 
Será pois de extrema importância entender que um plano de pormenor encerra fundamentalmente uma direção, uma estratégia global e conceptual de prever o crescimento e reestruturação do território.

Num período e contexto académico deverá por isso ser limitado na área e dimensão o plano de pormenor tendo como objetivo fornecer os instrumentos, os métodos e os procedimentos, capacitando o aluno destas ferramentas e raciocínios e não cumprindo literalmente os passos e preceitos do plano de pormenor.

Sugere-se assim que este e todos os exercícios académico e de carácter refletivo, sejam contidos na forma e no contexto, bem como na dimensão do território em estudo, mas completos em todo o seu entendimento, desde a fase de estudo conceptual, executivo e administrativo e regulamentar.

3-                  Um regulamento, que, este sim, para efeitos de legitimação é o suporte legal e real, da sua implementação. A publicação no Diário da República deste regulamente, veicula e legitíma a real execução da obra. O regulamento que se fundamenta nas peças desenhadas elaboradas é a real ferramenta administrativa do plano. É a descrição quantificada, caracterizada, denominada, claramente subdividida em funções, cérceas, tipologias e outros dados, por vezes condicionadores do território e por isso do seu uso, outras vezes mais alargado e polivalente ou divergente.
    
Entenda-se por isso que a necessidade de encontrar pelo desenho gráfico, pelo suporte de representação gráfica que são as peças desenhadas, o objetivo real e final é a definição em regulamento próprio a sua implementação.
Num espaço de formação académica é importante encontrar a metodologia de levantamento e caracterização do espaço; análise onde todos os fatores e condicionantes são debatidos e incluídos; um diagnóstico capaz de ilustrar as intenções e necessidades da intervenção e, uma linha condutora de intervenção traves de uma estratégia e uma proposta, sendo assim as ferramentas para a definição mais administrativa, política e de gestão do território por parte do governo.


Exemplos de algumas peças desenhadas com as respetivas escalas de trabalho de estudo e análise para melhor compreensão do território, constantes no processo para a elaboração de um plano de pormenor:

Folha 1 - Localização e identificação da área de estudo              1/5000   outras
Folha 2 – Apresentação/intervenção - Análise e Propostas           1/5000   outras                       
Folha 3 - Planta geral de Trabalho (técnica cotada; Quadro sinóptico)     1/2000   outras     
Folha 4 - Vermelhos e amarelos               1/2000   outras
Folha 5 - Faseamento de intervenção     1/5000   outras     
Folha 6 - Planta de Zoneamento         1/5000   outras     
Folha 7Perfis gerais e parciais do terreno -análise das volumetrias        1/1000   outras
Folha 8- Planta e perfis de espaços construídos            1/2000   1/500 ou 1/100 
Folha 9- Planta e perfis de espaços não construídos    1/2000   1/500 ou 1/100
Folha 10- Planta e perfis e divisão cadastral     1/2000   1/1000   
Folha 11- Planta e perfis de usos     1/5000   outras     
Folha 12- Planta e perfis de cérceas     1/5000   outras
Folha 13- Planta e perfis de progressão horizontal    1/5000   outras
Folha 14- Planta e perfis de progressão vertical     1/5000   outras
Folha 15- Planta e perfis de estrutura e hierarquia viária      1/5000   outras     
Folha 16- Planta geral de pavimentos (parcial)    1/2000   1/500
Folha 17- Planta geral de Áreas verdes      1/2000   outras
Folha 18- Planta geral de Condicionantes         1/2000   outras
Folha 19- Planta geral de Infraestruturas e redes   1/2000   outras
Folha 20 – Mapas de Medições e Quadro sinóptico                       
                                       
proposta pode seguir a mesma numeração ou apresentar-se como capítulo complementar com nova denominação de folhas.
Como num projeto de PBL para qualquer habitação, deverá conter uma peça desenhada em “Vermelhos e Amarelos”juntamente com um Quadro Sinóptico de igual forma ilustrando o existente e a proposta para melhor compreensão dos dados referentes á ocupação, tipo de ocupação ou outras diferenças que a proposta encerra e provoca no território.
Uma planta de trabalho apresenta-se como uma planta síntese com toda a informação possível, técnica e métrica para melhor compreensão da escala, e da real materialização das intenções.
De igual forma o projeto executivo deve ser complementar ás peças de apresentação da proposta de intervenção.

LEVANTAMENTOS
Um levantamento, deve conter a representação rigorosa, planimétrica e altimétrica, de todos os espaços construídos e não construídos. Seja o conjunto das construções com as diversas formas e morfologias, sejam construções primárias ou simples anexos, vedações e muros, barreiras ou elementos isolados que importem na leitura tridimensional do espaço. Mas igualmente, toda a informação referente a vias, passeios, estacionamento, ou seja, todos os elementos físicos que condicionam o uso e circulação no espaço pelo Homem.
Este levantamento deve ser rigoroso, indicada a sua dimensão, com as devidas cotas planimétricas ou altimétricas, afastamentos e relação das construções com as vias e o espaço público que as serve. As cérceas, mas igualmente os números de pisos ou pé-direito são elementos fundamentais para perceber a relação do espaço com a vivência que o homem tem perante esse mesmo espaço.
Os quadros sinópticos, são o resumo desta objetividade. Por isso o rigor dos levantamentos é fundamental para seja refletido nestes quadros a realidade física e vivencial da população e do seu carácter identitário.

ANÁLISE
Uma análise por si, deve ser uma reflexão sobre os elementos recolhidos. O mais objectiva possível, mas igualmente uma interpretação e por isso mais subjetiva sobre os elementos que serviram de base de trabalho. O cruzamento dos dados obtidos, a interpretação sobre a relação física do espaço e o uso pelo homem em relação a esse mesmo espaço, é o que se pretende como análise do território.
Esta interpretação é fundamental para que com consciência, possamos propor a alteração a reestruturação, a intervenção a vários níveis no espaço em questão. Intervir implica inevitavelmente a transformação física, ou funcional e por isso vivencial em qualquer espaço urbano. Sendo assim, a consciência e o cuidado nesta consequência da nossa intervenção devem partir de uma base rigorosa do elementos recolhidos (levantamos) Na apreciação e análise que fazemos, na interpretação destes dados, igualmente o rigor, a coerência e argumentação ou sustentabilidade dos princípios de intervenção são fundamentais para uma boa intervenção ao nível do Plano e Pormenor.

DIAGNÓSTICO
Um diagnóstico pretende ser uma pré proposta de intervenção. A análise da causa, dos problemas tem como objectivo uma síntese quer dos mesmos, quer dos meios para resolução destes problemas.
Objectivamente, uma síntese dos elementos recolhidos e um anunciar de quais as causas, sugestão de forma de intervir no processo, de resolver os problemas identificados.

(Num paciente, as dores da garganta, a febre, a tosse, as dores musculares são meros sintomas, complexos e variados para várias doenças. Analisar as queixas, os sintomas, os sinais dados pelo paciente, mas igual e objectivamente, a análise rigorosa do sangue, das tensões, do ritmo cardíaco, sugerem a causa do problema e vão adiantando soluções eliminando algumas das probabilidades. Isto é a análise que o médico faz sobre o problema apresentado pelo paciente.
Assim, o diagnóstico final, é a conclusão, é a interpretação dos resultados e o apontar para as soluções, para a receita mais indicada para combater o problema.)

ESCALAS DE TRABALHO                                                                                                                                                                       
Estudo conceptuais e de estruturação orgânica e administrativa, Linhas gerais de intervenção, Divisão territorial e estratégias de linhas estruturantes para organização do território metropolitano. Projectos de estruturação geral do território. Estudos Municipais ao nível macro – São inúmeros os planos ou projectos de gestão territorial, bem como os instrumentos de implementação que terminam em regulamentos ou DL gerais edificatórios como o próprio REGEU, ou regulamentos gerais de edificações. Para além destes não esqueçamos os regulamentos especiais ou específicos como acessibilidades, acústica, Bombeiros, ou as normas sobre materiais como Betão armado ou mesmo as certificações.
Ficam aqui, alguma indicação sobre algumas escalas de trabalho para vários tipos de trabalho sempre adaptados á dimensão e propósito ou mesmo necessidade de envolvência e enquadramento de maior ou menor áreas de influência.

P.D. - Planos Directores, Planos Estratégicos, Planos Gerais         1/25000 1/10.000 e 1/5.000
Projectos de estruturação objetiva do território. Estudos Municipais ao nível do quarteirão/ área urbana definida em Plano Director
PP-Planos de Pormenor    1/5000 e 1/2000
Projecto executivo do P.P.    1/500 e 1/20 e 1/10
PU-planos de urbanização; PS-planos de salvaguarda;
UO, Unidades Operativasoutras figuras     1/1000 e 1/500
Projectos de arquitectura e especialidades PBL. Projecto Base de Licenciamento
Estudos e projectos de arquitectura   1/200, 1/100 e 1/50
Projectos executivos
Projecto de execução    1/50, 1/20 1/10
Projecto específicos como serralharia, carpintaria e outros    1/1, 1/2, 1/5, 2/1

A ÁREA DE INTERVENÇÃO
A área de intervenção refere-se a um determinado território balizado por vias ou outra delimitação que o professor defina. Uma escala de Plano de Pormenor como o trabalho em questão é definida em escala e plano anterior e superior, como os Planos Directores. Normalmente nestes, é já apontada a necessidade de um estudo mais pormenorizado e mais atento ás características do lugar em questão. Esta delimitação é arbitrária a não definida na área a estudar. Poderá referir-se a um par de quarteirões ou um conjunto mais alargado urbano que importe a este estudo mais atento.

Contextualizemos uma qualquer situação:
Captura de ecrã 2017-06-24, às 15  Captura de ecrã 2017-06-24, às 15
No caso, a área delimitada pela Rua Amílcar Cabral, Emílio M´Bidi e Kwame Nkrumah são os limites traçados para uma área de intervenção.
No entanto e como se pretende a materialização na forma de um Plano de Pormenor, e dada a extensão do terreno abordado será de todo imperativa contenção nos limites para análise e para a intervenção.
Assim, deverá ser escolhida uma área que corresponda ao máximo de 1/2 da delimitação referida.

A atuação no território como já foi referido anteriormente, deve ser resultado de uma análise cuidada do mesmo sob todos os aspectos. Em qualquer intervenção, a área de Intervenção está sujeita a relações de influência entre a área de estudo e a área envolvente. Esta relação não pode ser delimitada de uma forma tão métrica ou mesmo institucionalmente definida. Uma via, uma área que foi cortada por uma intervenção, um eixo primário que, entretanto, sucede e acontece na evolução natural das cidades, são alguns casos em que se impõe uma definição de qual a área que deve ser tida em conta como – Área de influência.

ÁREA DE INFLUÊNCIA.
Assim, uma área de Influência, é uma área que de uma forma inicialmente empírica se sinta como elemento condicionador, influenciador e que remeta o estudo para a necessidade de extravasar o limite da área de Intervenção.
A proximidade de eixos como, Ho Chi Minh, aeroporto, eixo primário que liga á “tourada”, ou por consequência, Deolinda Rodrigues, ou mesmo a localização e relação de proximidade com a baixa de Luanda, sendo ladeada por um eixo tão forte e linha força no desenvolvimento da cidade como a Rua Amílcar Cabral, leva a que a área de estudo seja analisada por uma relação com um território mais alargado- A área de Influência.
No entanto, se salvaguardar que esta área de influência é analisada caso a caso, factor de influência em si e é este que vem delimitar ou definir qual a área que deve ser considerada.

Por fim para ter uma noção de escalas e de dimensão do estudo pretendido, apresento aqui algumas imagens que podem orientar para a definição do estudo, quer ao nível da análise, quer ao nível da proposta nas diferentes fases do trabalho:

EXPLICAÇÃO SOBRE FASEAMENTO DO TRABALHO, PEÇAS A ENTREGAR E ESCALAS A APRESENTAR NUM PLANO DE PORMENOR       

A - Trabalho geral de análise da área de Intervenção e relação com a área de Influência:
Escala 1/10.1000 e 1/ 5.000
B - Trabalho de análise em escala de Plano de Pormenor
Escala 1/ 5.000 e 1/2000
C - Escala de trabalho para Implementação de um PLANO DE PORMENOR – Proposta de Intervenção
Escala 1/ 5.000, 1/ 2.000 e 1/500
D - Materialização de um plano de intervenção ao nível do projecto executivo para entrega neste semestre
Escala 1/ 1.000 (Praças, Cruzamentos) e 1/ 500 (Perfis e arruamentos)
Escala 1/ 20 1 1/5 em pormenores de execução
E – Área sugerida para elaboração de um” Quadro sinóptico” para análise e para proposta -
Escala 1/500

Dada a necessidade de estabelecer em forma de análise, vários carácteres identitários da zona de estudo deverá ser feito um estudo comparativo de duas áreas com o mesmo caracter e outro estudo de duas áreas com carácter diferente, pela sua função, tipologia, densidade ou outro factor de influência.

Captura de ecrã 2017-06-24, às 16 Captura de ecrã 2017-06-24, às 15 Captura de ecrã 2017-06-24, às 15 Captura de ecrã 2017-06-24, às 16
Área A                                           Área B                                        Área C                                        Área D 
Captura de ecrã 2017-06-24, às 16  Captura de ecrã 2017-06-24, às 16
Área E – E1 e E2                                                                                               Área E1 Correspondente a Q. S.

Nesta última imagem e apenas por uma questão de materialização e compreensão dos objetivos do trabalho, deverão escolher duas áreas de carácter distinto e analisar, quantificar e propor um quadro sinóptico comparativo e conclusivo. Deste, área de lotes, implantação de área primárias e secundárias, áreas dependentes, abc, nº pisos, nº de fogos, nº de hab., nº viaturas, tipologias, área privada a pública, e respectivos índices constantes num quadro sinóptico.

EXPLICAÇÃO SOBRE CONTEÚDOS DAS PEÇAS CONSTANTES NUM P.P. PLANO DE PORMENOR                         

Planta de localização   esc. 1/10.000 e 1/25.000   Estudos
Nesta folha, a planta de localização deve ser igualmente complementada com fotos, esquemas, textos, escalas para melhor clarificar quer a área de intervenção, área de influência, elementos mais marcantes e condicionadores como eixos primários ou infraestruturas viárias que se tornam importantes para o trabalho como as linhas estruturantes.

Área de intervenção- Análise e Propostas    esc. 1/5.000           Estudos
“A área de intervenção deve ser clara quanto ás suas relações de convergência e divergência em relação á área de influência. Vias estruturantes, estrutura viária outras condicionantes que irão marcar a proposta de intervenção. Igualmente devem ser apresentados perfis de arruamentos gerais que apontem para a análise de progressão volumétrica horizontal e vertical.
Poderá ser adicionado mais uma ou duas folhas Folha 2.1- 2.2 de análise, que contemple perfis de arruamentos que relacionam com a volumetria e assim caracterizem o espaço construído e não construído.”

Planta Geral de trabalho- (técnica cotada; Quadro sinóptico) esc. 1/ 5.000 ou 1/2.000    Estudos
“A presente planta deverá conter informação sobre o território em estudo e sua área de influência sem tratamento de dados. Mas deve conter, arruamentos, cadastro, implantações e demais informações usualmente existentes na cartografia a esta escala.
O aluno, dada a extensão da área em estudo deverá recorrer á escala mais adequada. Poderá ser apresentado o quadro sinóptico numa segunda folha. Ainda poderá ser feita uma aproximação de um ou dois quarteirões no sentido de obter uma maior definição dos lotes, construções e tipologias sendo o resultado no quadro sinóptico menos falível, mas igualmente menos realista de toda a totalidade do carácter identitário da área em estudo.”

Planta Vermelhos e Amarelos
Esta planta traduz-se na exequibilidade da própria proposta no sentido de real percepção das alterações produzidas e introduzidas no território. Por um lado, uma análise pragmática das alterações propostas, por outro, a percepção do rigor com que a mesma foi implementada. O alargamento de ruas, as implantações e suas correções, o cumprimento dos pressupostos traçados e delineados no conceito de intervenção.
Será de todo uma das folhas onde o aluno justificará e demonstrará a qualidade do seu trabalho e a consciência da proposta em termos de alteração e correcção do território.


Planta Geral de trabalho- Faseamento- Aplicação e exequibilidade em FASE 1 
(técnica cotada; S/ Quadro sinóptico)     esc. 1/ 5.000 ou 1/2.000    Estudos

A exequibilidade de um plano traduz-se em primeira instância na qualidade e adequação do plano ao contexto e realidade do local, mas igualmente a uma série de condicionantes até ao nível económico. Lembro que a conjuntura actual de Angola, exige uma atenção especial muito amadurecida, realista e contida nos investimentos a este nível e por isso o faseamento das intervenções é um instrumento importantíssimo na gestão de recursos e de investimento.
Por outro lado, na prática, dada a complexidade e realidade de algumas áreas, a transformação do espaço e suas características deve ser paulatina e assimilada pela população. Por vezes trata-se de uma aplicação a médio e longo prazo, em que a realidade Angolana aponta para a aplicabilidade a 5 anos traduzindo-se numa estratégia e periodicidade geracional. Assim, a consciência de, como fazer, por onde começar, qual a acção prioritária na área em questão, quais os processos legais e jurídicos mais adequados e como ferramenta de aplicabilidade do plano devem ser considerados nesta fase tornando-se num factor determinante para a sua aplicação.
Deverá o aluno então propor numa planta que denuncie a progressão urbana, Vertical e Horizontal, a primeira fase de aplicação do plano. A abertura de uma rua, de uma praça, a rectificação e correcção de um traçado, a implementação conceptual de uma área de desenvolvimento podem ser o mote para a transformação do espaço em estudo. Esta planta deve referir este passo e como a partir dele se deve orientar e progredir a intervenção resultando no plano de pormenor proposto.

Planta de Zoneamento  esc. 1/5.000           Estudos
“A planta de zonamento, é uma indicação classificativa ainda muito empírica de identidades de cada, ou das partes, existentes no espaço em estudo. Uma área preferencialmente habitacional, industrial, caracterização pelas cérceas ou pelas tipologias de ocupação de espaço ou outras análises possíveis em cada área de estudo.”

Perfis do terreno com análise das volumetrias envolventes  esc. 1/2000            Estudos
“Deverão ser analisados os diferentes espaços referidos na planta de zonamento pelo desenho de perfis gerais, pelos arruamentos principais e secundários e pelo perfil transversal dos mesmos. Procurando a identidade primária e a identidade de arruamentos mais localizados e característicos do interior da área de estudo. Deverá o aluno procurar as cotas gerais do terreno e relação destas com as vias estruturantes, particularmente para melhor entendimento da importância na inclusão das redes hidráulicas entre outras.”

Planta e perfis de espaços construídos   esc. 1/ 5.000 ou 1/2.000    Estudos
“Como consequência da folha 5, deverá o aluno extrair da mesma carta e apenas, a mancha correspondente aos “espaços construídos”. Ou através de cor ou gradação de cores, ilustrar numa ou duas folhas as construções primárias e áreas dependentes ou construções secundárias.
Na análise sobre como regular o território e quantificar o número e fogos, ou caracterização da população existente, estes dados tornam-se imperativos para uma correcta obtenção de resultados consagrados no quadro sinóptico.”

Planta e perfis de espaços não construídos  esc. 1/ 5.000 ou 1/2.000    Estudos
“A percepção dos espaços de logradouros, de espaços interiores á “frente urbana” ou percepção da relação entre a massa edificada e os “vazios” torna-se numa leitra imprescindível para a conclusão da caracterização do território.”

Planta e perfis e divisão cadastral  esc. 1/ 5.000 ou 1/2.000   Estudos
“A divisão cadastral é uma ferramenta importante para a obtenção de dados e posteriormente para a percepção da possibilidade de intervir no território. Nesta análise, deverá ser incluída a noção de espaço publico e privado, ou mesmo a definição de espaços públicos consagrados e delimitados por ocupação de equipamentos públicos. Nesta planta, devem estar referidos os arruamentos para relacionar os mesmo com a própria dimensão dos lotes e divisão cadastral.”

Planta e perfis de usos  esc. 1/ 5.000 ou 1/2.000    Estudos
“As tipologias e relação funcional dos espaços é outro elemento importante para a percepção e relação dos fluxos gerados urbanos. Assim, deve nesta planta através de uma ilustração de cores, marcar os “carácteres preferenciais” e a localização pontual de outras funções de destaque. Ou seja, numa área preferencialmente habitacional deverá ser usada uma cor mais neutra ou “fria” e destacar na mesma planta a localização de serviços, de comércio, industria, equipamentos públicos, espaços verdes públicos com dimensão relevante ou outro tipo de relevância encontrada.”

Planta e perfis de cérceas   esc. 1/ 10.000 ou 1/5.000 Estudos
“Igualmente na planta de cérceas deve classificar em termos cromáticos, em gradação de cores, a cota “0”, cota 1 e cotas restantes, ou seja, marcar a cota relacionada com o espaço público, a cota relegada ao primeiro piso e depois em grupos, os restantes, segundo os critérios que entenda mais adequados. Sugeria- 0; 1; 2 a4 e mais de 4 pisos.”


Planta e perfis de progressão horizontal   esc. 1/ 10.000 ou 1/5.000 Estudos
“A planta de progressão torna-se numa ferramenta importante para entendimento da progressão de construção em relação á área de influencia. O aluno pode recorrer a uma escala maior para percepção da relação com as vias estruturantes da cidade.”

Planta e perfis de progressão vertical   esc. 1/ 10.000 ou 1/5.000 Estudos Deverá “Esta análise pode numa primeira instância ser confundida com a planta de cérceas, mas representa uma ferramenta importante de análise. A progressão não é uma constatação do espaço construído, mas sim uma tentativa de encontrar uma relação temporal com estado actual da cidade. A escala inicial da cidade, os períodos como revolução industrial, modernismo, e outros momentos relacionados com aspectos históricos, económicos ou outros factores, mostram o impacto no crescimento e desenho da cidade. No caso de Luanda, a escala inicial, da baixa ou a escala urbana do período colonial, seja nas urbanizações residenciais ou nas alamedas, o acrescer de pisos (1 ou 2) em áreas residenciais de carácter isolado ou o “Boom” de construção em altura, vai caracterizando a cidade em momentos mais ou menos balizados no tempo. Esta análise terá então como legenda esta caracterização temporal.”

Planta e perfis de estrutura e hierarquia viária   esc. 1/ 5.000 ou 1/2.000    Estudos
“Após uma análise geral da cidade e da área de influência, estes perfis mais relacionados com o bairro, a rua, o espaço dominado pelo utente enquanto apropriação do espaço, torna-se importante pela definição vivencial. O numero de fogos, a relação da moradia ou prédio com a rua e pela relação da construção e entrega á cota “0”, é um fator importante a ter em conta na análise e intervenção. A relação das vias primárias e secundarias, a rua, o beco, a área de retorno, a praça, o passeio, a rua pedonal, a esquina, o muro de vedação do espaço privado, a relação entre espaço privado e espaço publico passando pelos espaços “smi”, por vezes difíceis de classificar, ajudam na definição do carácter identitário do espaço urbano.”

Planta geral de pavimentos (parcial)  esc. 1/2000            Estudos
“A planta de pavimentos por vezes torna-se incaracterizável e inconsequente (aparentemente). No entanto o cruzamento entre esta figura e análise e a hierarquia da estrutura viária, trará uma melhor compreensão e definição nas propostas a apresentar. Deverá ser acompanhado o levantamento planimétrico igualmente com os perfis de rua incluindo a volumetria construtiva para assim perceber a relação funcional dos espaços e entrega destes ao espaço publico.”



Planta geral de Áreas verdes      esc. 1/2000            Estudos
“A localização das áreas verdes associadas ao espaço não construído, cruzado com a planta cadastral ou outro tipo de análises transversais trona-se numa ferramenta importante A planta de usos, a distinção entre usos privados ou públicos e entre estes, a percepção de qual a dimensão urbana que representam. Um parque, uma praça, uma alameda, uma linha de água ou a identificação e definição de áreas expectantes e passíveis de intervenção, podem tornar-se no mote e tema da própria intervenção. Será, pois, necessário obter estes dados e refletir sobre a importância de os incluir, reabilitar e com isto revitalizar áreas desprezadas ou mesmo, através da falta de espaços que permitam a socialização, dotar o território de ferramentas para a fixação da população e melhoria das condições de salubridade, de qualidade vivencial do espaço urbano.”

Planta geral de condicionantes       esc. 1/2000            Estudos
“A identificação das condicionantes várias encontradas ao logo da análise vem não só esclarecer e classificar o espaço como são de extrema importância para a definição da primeira estratégia de intervenção. A topografia, a existência ou carência de redes estruturantes, a malha e rede viária que serve o espaço, a existência de um equipamento de referencia e de importância local, uma barreira física natural ou imposta, entre muitos factores de condicionamento da intervenção.”

Planta geral de Infraestruturas e redes      esc. 1/2000            Estudos
“O levantamento das redes e infraestruturas existentes como rede hidráulica, elétrica e outras, existência de estruturas associadas ao cadastro, e por isso possibilidade de as incluir ou dificuldade de criar as mesmas infraestruturas são de relevância primária. A melhoria das condições de habitabilidade e convivência humana a par da real dificuldade técnica e física de inclusão e execução destas infraestruturas tem sido o tema e atenção das grandes linhas de atuação na reestruturação urbana de Luanda. A análise e identificação destas existências ou carências é o ponto de partida para qualquer intervenção.”

Medições e Quadro. Sinóptico       esc. 1/2000            Estudos
“Todo o processo de estudo, análise e consequente intervenção, através de uma proposta de intervenção, requere uma quantificação de vários parâmetros aqui ilustrados no Quadro Sinóptico. Este elemento é fundamental para uma análise do existente, um diagnóstico pelos dados recolhidos, mas fundamentalmente para a melhor percepção da intervenção e consequência desta. Assim através de um pequeno exercício e cálculo rigoroso comparativo de duas áreas distintas o aluno materializa e prepara para que na intervenção compreenda a consequência e real transformação do espaço.”


Maqueta de volumes           esc. 1/2.000           Estudos
Deverá ser apresentada uma maqueta de volumes do espaço, ilustrando a morfologia do terreno e no mínimo incluída a estrutura viária principal e secundarias.

Painel A1 – (Proposta de intervenção)      A1 (ao alto)            Estudos
O aluno formalizará uma entrega de painel ou painéis resumo da analise em colagens ou arranjo gráfico dos elementos mais marcantes do percurso. Esquissos, fotos, perfis, um ou outra planta que ilustre e sustente o discurso de apresentação do trabalho para a turma, preparando a capacidade de comunicação do aluno e exposição e domínio das linguagens. Igualmente a capacidade de expor o conceito de intervenção e materialização coerente da sua proposta.

OUTRA EXPLICAÇÃO SOBRE O TRABALHO A DESENVOLVER                                                                                               

Desenvolvimento - Orientações para o desenvolvimento do trabalho
(Texto complementar)

Peças desenhadas- (Dossier A1 ou A2)
O dossier, entenda-se como sendo um conjunto de informação num determinado formato, optado neste caso pelo docente por – A2, que resulta de um trabalho contínuo, onde esteja reflectida a evolução do mesmo e consequentemente do aluno.
Todo o trabalho deve constar dos desenhos impressos, dos esquissos, dos pensamentos e toda a informação que o aluno tenha materializado e organizado em formato A2 “ao baixo”. Poderá o aluno em folhas normalizadas compilar noutros formatos, de início do trabalho, mas deverá servir-se das impressões para evoluir e registar todas as alterações á proposta.
Desta informação, deve o aluno atender ás relações iniciais de implantação da proposta com a envolvente, em várias escalas de trabalho bem como todo o desenvolvimento em plantas, cortes, alçados ou meras e referências desenhadas.
No final e em resultado da evolução do trabalho, o estudo da ocupação do território, das condicionantes legais e regulamentares, resulta em pormenores de execução em esquisso, sinal de uma reflexão da evolução do conceito do projecto até á sua materialização.
Deverá numa fase anterior á entrega apresentar propostas de pormenorização sobre as vias estruturantes e secundárias que organizam e melhor condicionam a proposta. 
De uma escala geral da proposta o aluno escolherá uma parte do mesmo e desenvolverá sucessivamente até ao estudo a 1/200 de um qualquer espaço edificado. Deverá nesta última fase do trabalho, compilar toda a informação e comprovar o seu entendimento em registos contínuos. Malhas estruturantes, plantas, cortes ou outros elementos gráficos, são alguns elementos que se prevê como ilustradores desta escala de trabalho e o culminar de um percurso desde os estudos preliminares ao projecto de execução da escala urbana.

Peças escritas
Uma memória descritiva e Justificativa deverá começar por descrever física e volumetricamente a proposta, mas não esquecendo a coerente justificação de todo o processo. Deverá a mesma ser acompanhada por imagens que ilustrem de uma forma clara o discurso. Imagens do local e da envolvente, fotos de maquetas, imagens de referência, perfis e ângulos na escala humana e urbana que permitam o melhor entendimento da proposta e principalmente na relação do indivíduo ao espaço urbano.
Um conceito, uma ideia ou um conjunto de ideias que foram sendo registadas ao longo do processo, ilustradas por desenhos de percurso, e concluindo a mesma memória num pequeno caderno de encargos descritivo sobre, “O conceito de cidade”.
Não esquecer a abordagem a questões técnicas como redes ou subsistemas como electricidade, rede hidráulica ou outra.
De salientar que em todo o discurso e na sequência das matérias apreendidas, o aluno deverá explicar a relação da proposta com as condicionantes programáticas, a relação da mesma com o seu contexto. O ambiente, o clima, a exposição solar ou até os materiais utilizados, sejam estruturais ou de revestimento, sempre numa perspectiva de entendimento e relação da proposta com o contexto.
A escolha de paramentos ou pavimentos, pode ser variada para desmontar os conhecimentos adquiridos, ainda que a opção seja uma apenas, mas demonstre por comparação o entendimento do processo e material escolhido.

Maqueta
Uma maqueta de estudo não é mais do que uma forma de entender volumetricamente e espacialmente o estudo e a proposta. Na escala de trabalho a 1/500 ou outra que melhor se adeque á área em questão deverá atender ás relações com o “sítio” - a envolvente directa ou em determinados casos recorrendo ao sky-line, condicionantes espaciais mais alargadas, sendo que a mesma, deve ser claramente reflexo desse estudo. Para esta escala, qualquer material, seja leve e fácil de trabalhar serve o propósito.
Nesta segunda maqueta de proposta final deverá então ter atenção ás aberturas, proporção e expressão volumétrica e dos materiais utilizados. Deverá usar para este caso, Kline, ou placas de “esferovite”, cartão ou outro, mas que possibilite a percepção do ritmo de aberturas, relação volumétrica dos vários pisos e corpos, e principalmente a relação do objecto com a escala humana.

Peças desenhadas- (Painel A1 ou A2)
Numa perspectiva de materializar e sistematizar os conhecimentos adquiridos, um trabalho de final de curso requer um especial cuidado na apresentação e síntese da proposta. A capacidade do aluno em desenvolver uma proposta, mas igualmente apresentar, justificar, e argumentar com um discurso seu, coerente e organizado faz parte dos objectivos pedagógicos e académicos.
Igualmente numa perspectiva de levar a um conhecimento público o produto do ensino que se pretende de qualidade, organizamos várias sessões de apresentação das propostas em avaliação contínua, em aulas informais e será o mesmo trabalho apresentado em formato final em sessão própria e formal.
Assim, pretende-se a apresentação de um painel, como resumo do trabalho e sendo fornecida uma minuta de orientação com rosto em que o aluno por sua escolha e decisão organiza o conteúdo. A capacidade de síntese, bem como a qualidade e conteúdo do trabalho e produto final, será a última apreciação a resultar numa avaliação anual.

Dois painéis são os sugeridos para apresentação da proposta.
O primeiro, um resumo com a identificação da intervenção, localização e implantação traçam os primeiros riscos, esboços, linhas geradores e orientadoras do trabalho. Uma ou outra imagem da referência ou de uma representação expressiva das linhas de força da proposta. Cheios/vazios; massa construída/ arruamentos; espaço público ou espaço privado, entre outras formas de representação.
Planta, corte e alçado a uma escala 1/2000 a 1/500, um ou outro pormenor ou esquisso, fotos de referências, ou outros elementos resumem e servem de base para uma apresentação e exposição oral da proposta.

Um segundo painel, pretende materializar a uma escala superior os estudos efectuados. A uma escala de execução do plano-1/1000 e partes representadas a 1/500 ou superior, justificam e exemplificam a possível execução e materialização da proposta. Perfis de arruamentos e relação da escala humana com o edificado, são elementos fundamentais para compreender a proposta. Não deverá ser, no entanto, esquecida a componente de síntese, onde parágrafos, “palavras chave”, ou identificação, ilustram cada peça.


O Regente de projecto
(Nuno Oliveira, arquitecto)
-->