Elaboração de “Proposta de Plano de
Pormenor”
(ADENDA)
Projecto III, 2016 - 1º semestre
Na sequência do trabalho desenvolvido como “trabalho preliminar e de
diagnóstico” do ano lectivo, apresento as alterações e definições da entrega
marcada para o presente mês de Abril.
Devem atender ao facto de que :
- Foi inicialmente previsto, que o trabalho seria desenvolvido em grupo
e segundo a localização para o plano de pormenor definida pelo regente;
- Foi definido que o aluno procuraria cumprir o diagnóstico e análise
num território que conhecesse (á escolha deste) e dominasse, na perspectiva de
melhor entendimento dos propósitos e objectivos do trabalho;
- Foi efectuado o levantamento e desenvolvido o trabalho segundo as
minha orientações.
- Foi por último, dada possibilidade ao aluno de continuar a trabalhar
na sua área ou redefinir a área de intervenção. De uma forma generalizada, os
alunos optaram manter a área de estudo e seguir as orientações do docente quanto
á escala, limites de área de intervenção de influência directa. A todos, foi
dada uma orientação de como deveriam direcionar e orientar os trabalhos na sua apresentação
e conteúdo.
Será pois aceite que
o Plano de Pormenor será desenvolvido em área a escolher pelo aluno,
devidamente controlada a aprovada pelo Docente, orientada na sua dimensão,
forma de análise e conteúdo, mantendo no entanto a estrutura por este imposta.
Assim:
Deve o aluno desenvolver o trabalho enquanto percurso, complementando,
corrigindo segundo as observações do docente no mesmo dossier e segundo as
mesmas orientações mas formalizar numa
entrega nos moldes e orientações aqui definidas.
Da metodologia e objectivos consagrados no programa
da disciplina, relembro:
Conteúdos e
faseamento do trabalho
Primeira fase - Análise e percepção do espaço
/ área de influência em questão. Da esc. 1/25.000 até 1/5000.
Segunda fase - Estudo preliminar de ocupação, transformação ou mera análise formal
quantitativa, em quadro de áreas gerais e desenhos-base de ocupação
territorial. Esc. 1/5000 e 1/2000.
Buscando referências e modelos, poderá e deverá o aluno remeter-se para
uma análise comparativa/ justificativa ou de inspiração em modelos
convencionais ou existentes como ponto de partida e de linha geradora da
proposta. Deverá nos seus desenhos de percurso, reflectir essa mesma influência
ou referência de investigação.
Pontos de situação:
Cap. 2 27 de
Abril - Frequências- Ponto de situação e avaliação intermédia
Momentos de
avaliação escritos:
28 de
Abril - Frequência Escrita
Ponto de situação - Data- 27 de Abril de 2016 - TRABALHO DE GRUPO- ANÁLISE
Descrição Escalas Fase ..........
Peças desenhadas
Dossier com
Esquissos de percurso e desenhos finais
Deverá estar
incluído neste dossier toda a documentação que serviu de estudo e desenvolvimento
do trabalho.
Folha 1- Planta de
localização esc. 1/10.000 e 1/25.000 Estudos
Nesta folha, a
planta de localização deve ser igualmente complementada com fotos, esquemas,
textos, escalas para melhor clarificar quer a área de intervenção, área de
influência, elementos mais marcantes e condicionadores como eixos primários ou
infraestruturas viárias que se tornam importantes para o trabalho como as
linhas estruturantes.
Folha 2- Área de intervenção esc.
1/5.000 Estudos
“A área de intervenção deve ser clara quanto ás suas relações de
convergência e divergência em relação á área de influência. Vias estruturantes,
estrutura viária outras condicionantes que irão marcar a proposta de
intervenção. Igualmente devem ser apresentados perfis de arruamentos gerais que
apontem para a análise de progressão volumétrica horizontal e vertical.
Poderá ser adicionado mais uma ou duas folhas Folha 2.1- 2.2 de análise, que contemple perfis de
arruamentos que relacionam com a volumetria e assim caracterizem o espaço construído
e não construído.”
Folha 3- Planta de
Zoneamento esc.
1/5.000 Estudos
“A planta de zonamento, é uma indicação classificativa ainda muito
empírica de identidades de cada, ou das partes, existentes no espaço em estudo.
Uma área preferencialmente habitacional, industrial, caracterização pelas
cérceas ou pelas tipologias de ocupação de espaço ou outras análises possíveis
em cada área de estudo.”
Folha 4- Perfis do terreno com análise
das volumetrias envolventes esc. 1/2000 Estudos
“Deverão ser analisados os diferentes espaços referidos na planta de
zonamento pelo desenho de perfis gerais, pelos arruamentos principais e
secundários e pelo perfil transversal dos mesmos. Procurando a identidade
primária e a identidade de arruamentos mais localizados e característicos do
interior da área de estudo. Deverá o aluno procurar as cotas gerais do terreno
e relação destas com as vias estruturantes, particularmente para melhor
entendimento da importância na inclusão das redes hidráulicas entre outras.”
Folha 5- Planta Geral
de trabalho- (técnica cotada; Quadro sinóptico) esc. 1/
5.000 ou 1/2.000 Estudos
“A presente planta deverá conter informação sobre o território em estudo
e sua área de influência sem tratamento
de dados. Mas deve conter, arruamentos, cadastro, implantações e demais
informação usualmente existente na cartografia
a esta escala.
O aluno, dada a extensão da área em estudo deverá recorrer á escala mais
adequada. Poderá ser apresentado o quadro sinóptico numa segunda folha. Ainda
poderá ser feita uma aproximação de um ou dois quarteirões no sentido de obter
uma maior definição dos lotes, construções e tipologias sendo o resultado no
quadro sinóptico menos falível mas igualmente menos realista de toda a
totalidade do carácter identitário da área em estudo.”
Folha 6.1 e 6.2- Planta
e perfis de espaços construídos esc. 1/ 5.000 ou 1/2.000 Estudos
“Como consequência da folha 5, deverá o aluno extrair da mesma carta e
apenas, a mancha correspondente aos “espaços construídos”. Ou através de cor ou
gradação de cores, ilustrar numa ou duas folhas as construções primárias e
áreas dependentes ou construções secundárias.
Na análise sobre como regular o território e quantificar o número e
fogos, ou caracterização da população existente, estes dados tornam-se imperativos
para uma correcta obtenção de resultados consagrados no quadro sinóptico.”
Folha 7- Planta e
perfis de espaços não construídos esc. 1/ 5.000 ou 1/2.000 Estudos
“A percepção dos espaços de logradouros, de espaços interiores á “frente
urbana” ou percepção da relação entre a massa edificada e os “vazios” torna-se
numa leitra imprescindível para a conclusão da caracterização do território.”
Folha 8- Planta e
perfis e divisão cadastral esc. 1/ 5.000 ou 1/2.000 Estudos
“A divisão cadastral é uma ferramenta importante para a obtenção de
dados e posteriormente para a percepção da possibilidade de intervir no
território. Nesta análise, deverá ser incluída a noção de espaço publico e
privado, ou mesmo a definição de espaços públicos consagrados e delimitados por
ocupação de equipamentos públicos. Nesta planta, devem estar referidos os
arruamentos para relacionar os mesmo com a própria dimensão dos lotes e divisão
cadastral.”
Folha 9- Planta e
perfis de usos esc. 1/ 5.000 ou 1/2.000 Estudos
“As tipologias e relação funcional dos espaços é outro elemento
importante para a percepção e relação dos fluxos gerados urbanos. Assim, deve
nesta planta através de uma ilustração de cores, marcar os “carácteres
preferenciais” e a localização pontual de outras funções de destaque. Ou seja,
numa área preferencialmente habitacional deverá ser usada uma cor mais neutra
ou “fria” e destacar na mesma planta a localização de serviços, de comércio,
industria, equipamentos públicos, espaços verdes públicos com dimensão relevante
ou outro tipo de relevância encontrada.”
Folha 10- Planta e
perfis de cérceas esc. 1/ 10.000 ou 1/5.000 Estudos
“Igualmente na planta de cérceas deve classificar em termos cromáticos,
em gradação de cores, a cota “0”, cota 1 e cotas restantes, ou seja marcar a
cota relacionada com o espaço público, a cota relegada ao primeiro piso e
depois em grupos, os restantes, segundo os critérios que entenda mais
adequados. Sugeria- 0; 1; 2 a4 e mais de 4 pisos.”
Folha 11- Planta e
perfis de progressão horizontal esc. 1/ 10.000 ou 1/5.000 Estudos
“A planta de progressão torna-se numa ferramenta importante para
entendimento da progressão de construção em relação á área de influencia. O
aluno pode recorrer a uma escala maior para percepção da relação com as vias
estruturantes da cidade.”
Folha 12- Planta e
perfis de progressão vertical esc. 1/ 10.000 ou 1/5.000 Estudos Deverá “Esta
análise pode numa primeira instância ser confundida com a planta de cérceas mas
representa uma ferramenta importante de análise. A progressão não é uma
constatação do espaço construído mas sim uma tentativa de encontrar uma relação
temporal com estado actual da cidade. A escala inicial da cidade, os períodos
como revolução industrial, modernismo, e outros momentos relacionados com
aspectos históricos, económicos ou outros factores, mostram o impacto no
crescimento e desenho da cidade. No caso de Luanda, a escala inicial, da baixa
ou a escala urbana do período colonial, seja nas urbanizações residenciais ou
nas alamedas, o acrescer de pisos (1 ou 2) em áreas residenciais de
carácter isolado ou o “Boom” de
construção em altura, vai caracterizando a cidade em momentos mais ou menos
balizados no tempo. Esta análise terá então como legenda esta caracterização
temporal.”
Folha 13- Planta e
perfis de estrutura e hierarquia viária esc. 1/ 5.000 ou 1/2.000 Estudos
“Após uma análise geral da cidade e da área de influência, estes perfis
mais relacionados com o bairro, a rua, o espaço dominado pelo utente enquanto
apropriação do espaço, torna-se importante pela definição vivencial. O numero
de fogos, a relação da moradia ou prédio com a rua e pela relação da construção
e entrega á cota “0”, é um fator importante a ter em conta na análise e
intervenção. A relação das vias primárias e secundarias, a rua, o beco, a área
de retorno, a praça, o passeio, a rua pedonal, a esquina, o muro de vedação do
espaço privado, a relação entre espaço privado e espaço publico passando pelos
espaços “smi” , por vezes difíceis de classificar, ajudam na definição do
carácter identitário do espaço urbano.”
Folha 14- Planta geral
de pavimentos (parcial) esc. 1/2000 Estudos
“A planta de pavimentos por vezes torna-se incaracterizável e
inconsequente (aparentemente). No entanto o cruzamento entre esta figura e
análise e a hierarquia da estrutura viária, trará uma melhor compreensão e
definição nas propostas a apresentar . Deverá ser acompanhado o levantamento
planimétrico igualmente com os perfis de rua incluindo a volumetria construtiva
para assim perceber a relação funcional dos espaços e entrega destes ao espaço
publico.”
Folha 15- Planta geral
de Áreas verdes esc. 1/2000 Estudos
“A localização das áreas verdes associadas ao espaço não construído,
cruzado com a planta cadastral ou outro tipo de análises transversais trona-se numa
ferramenta importante A planta de usos, a distinção entre usos privados ou
públicos e entre estes, a percepção de qual a dimensão urbana que representam.
Um parque, uma praça, uma alameda, uma linha de água ou a identificação e definição
de áreas expectantes e passíveis de intervenção, podem tornar-se no mote e tema
da própria intervenção. Será pois necessário obter estes dados e refletir sobre
a importância de os incluir, reabilitar e com isto revitalizar áreas
desprezadas ou mesmo, através da falta de espaços que permitam a socialização,
dotar o território de ferramentas para a fixação da população e melhoria das
condições de salubridade, de qualidade vivencial do espaço urbano.”
Folha 16- Planta geral
de Condicionantes esc. 1/2000 Estudos
“A identificação das condicionantes várias encontradas ao logo da
análise vem não só esclarecer e classificar o espaço como são de extrema
importância para a definição da primeira estratégia de intervenção. A
topografia, a existência ou carência de redes estruturantes, a malha e rede
viária que serve o espaço, a existência de um equipamento de referencia e de
importância local, uma barreira física natural ou imposta, entre muitos
factores de condicionamento da intervenção.”
Folha 17- Planta geral
de Infraestruturas e redes esc. 1/2000 Estudos
“O levantamento das redes e infraestruturas existentes como rede
hidráulica, elétrica e outras, existência de estruturas associadas ao cadastro,
e por isso possibilidade de as incluir ou dificuldade de criar as mesmas
infraestruturas são de relevância primária. A melhoria das condições de
habitabilidade e convivência humana a par da real dificuldade técnica e física
de inclusão e execução destas infraestruturas tem sido o tema e atenção das
grandes linhas de atuação na reestruturação urbana de Luanda. A análise e
identificação destas existências ou carências é o ponto de partida para
qualquer intervenção.”
Maqueta de volumes esc.
1/2.000 Estudos
Deverá ser
apresentada um maqueta de volumes do espaço , ilustrando a morfologia do
terreno e no mínimo incluída a estrutura viária principal e secundarias.
Painel A1 – (Proposta de intervenção) A1 (ao alto) Estudos
O aluno formalizará uma entrega de painel ou
painéis resumo da analise em colagens ou arranjo gráfico dos elementos mais
marcantes do percurso. Esquissos, fotos, perfis, um ou outra planta que ilustre
e sustente o discurso de apresentação do trabalho para a turma, preparando a
capacidade de comunicação do aluno e exposição e domínio das linguagens.
Igualmente a capacidade de expor o conceito de intervenção e materialização
coerente da sua proposta.
O Regente de projecto
(Nuno Oliveira, arquitecto)
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