maio 19, 2016

Enunciado TP1- 1º semestre

Elaboração de “Proposta de Plano de Pormenor”
Projecto III, 2016 - 1º  semestre 
Introdução
Numa recta final do curso de arquitectura e respectiva componente pedagógica, mas igualmente numa fase de transição para o verdadeiro exercício profissional enquanto arquitecto, o aluno deverá passar por uma experiência, onde atravessa a totalidade das fases e escalas de trabalho, de pensamento e de reflexão sobre o seu exercício profissional num qualquer contexto urbano e concreto.
Da interpretação e análise de um espaço alargado em forma de P.P. (Plano de Pormenor), dos planos de organização metodológica e preparação para uma intervenção, á materialização de uma proposta concreta de intervenção no território, o aluno desenvolverá um trabalho contínuo em grupo e posteriormente numa proposta individual submetendo a sua própria interpretação ás diretivas e linhas condutoras que o grupo defina.
Assim, partindo da elaboração de uma proposta de “Plano de Pormenor”, o aluno tentará analisar uma área de estudo definida e delimitada, face a todo um conjunto de estruturas de pensamento, intervir, alterar, salvaguardar e assim propor uma linha de intervenção para a definição do território.
Este primeiro trabalho pretende uma consciência das etapas que o arquitecto deve ter em conta em todo o processo de concepção mas igualmente fazer a síntese dos conhecimentos adquiridos ao longo do seu percurso académico. Por fim a escolha de um local de intervenção, definindo um plano, um programa base, onde, ao propor no desenvolvimento do trabalho em forma de PBL, testará o plano que definiu e a sua aplicabilidade em exercício profissional enquanto arquitecto.
1-OBJECTIVOS específicos
Deverá o aluno atender aos objectivos gerais e específicos consagrados no programa da disciplina. Destes resume-se e complementa-se:
-   Compreensão e o domínio da escala urbana;
-   Entendimento da escala; proporção; relação vertical e horizontal do espaço e edificado, ou seja, construído e não construído, entre outros;
-   Os movimentos e usos dos espaços em função do seu destino e função, fluxos e outras condicionantes;
-   Compreender e dominar a métrica, a dimensão, a escala humana do edifício em si;
-   Reconhecer os meios e ferramentas disponíveis e condicionantes legais e regulamentares;
-   Materialização num plano objectivo em escala de “Plano de Pormenor”;
-   Quantificação e estruturação do espaço habitável em quadros e estimativas de funcionamento;
-   Materialização em plantas, perfis, demais informação tridimensional para percepção da proposta.
2-programa
Um Plano de pormenor
O aluno, procurará um entendimento de uma área ou áreas a definir pelo docente, sua análise morfológica, sua escala, ritmos, volumetrias e em cada edifício, novamente a mesma procura pela caracterização da parte e do todo, para apresentar uma proposta de Plano de Pormenor com as respectivas peças desenhadas e escritas, bem como caracterização tipológica e funcional, ou quantificação do espaço construído proposto.
Serão definidas pelo docente, algumas áreas a serem estudadas em grupo e feita uma primeira proposta de intervenção individual para a área estudada condicionadas pelas linhas gerais de intervenção.
Destas áreas deverão as mesmas reportar a identidades de ocupação distintas, bem como imagens de cidade diferenciadas.
A criação de grupos de trabalho será da responsabilidade e indicação do docente.
Conteúdos e faseamento do trabalho
Primeira fase - Análise e percepção do espaço / área de influência em questão. Da esc. 1/25.000 até 1/5000.
Segunda fase - Estudo preliminar de ocupação, transformação ou mera análise formal quantitativa, em quadro de áreas gerais e desenhos-base de ocupação territorial. Esc. 1/5000 e 1/2000.
Buscando referências e modelos, poderá e deverá o aluno remeter-se para uma análise comparativa/ justificativa ou de inspiração em modelos convencionais ou existentes como ponto de partida e de linha geradora da proposta. Deverá nos seus desenhos de percurso, reflectir essa mesma influência ou referência de investigação.
Terceira fase, a proposta de intervenção representada nas peças necessárias ao bom entendimento do objecto e do espaço, com o pré-projecto executivo. Esc. 1/1000; 1/500 e 1/50 (perfis e espaços exteriores e de carácter estruturante da proposta)
Mês de Março             Introdução ao capítulo e ao programa a desenvolver-  considerações gerais;
Mês de Abril                Interpretação dos programas e conteúdos temáticos e desenvolvimentos das propostas- estudo prévio;
Mês de Maio               Acompanhamentos individual e Colectivo dos trabalhos em curso;
Mês de Junho             Acompanhamento individual - Apresentação de “Casos”;
Mês de Julho               Conclusão do trabalho e apresentação de Dossier para avaliação;
Pontos de situação:
Cap. 1           31 de Março - Ponto de situação e avaliação intermédia
Cap. 2           27 de Abril - Frequências- Ponto de situação e avaliação intermédia
Cap. 3           26 de Maio - Ponto de situação e avaliação intermédia
Cap. 4           29 de Junho - Frequências - Ponto de situação e avaliação intermédia
Cap. 5           21 de Julho - Entrega Final do semestre

Momentos de avaliação escritos:
28 de Abril - Frequência Escrita
30 de Junho - Frequência Escrita


Ponto de situação - Data- 31 de Março de 2016 - TRABALHO DE GRUPO- LEVANTAMENTOS
Descrição                                                                                                Escalas                         Fase
Peças desenhadas- (Dossier com Esquissos de percurso e desenhos finais)
Planta de localização                                                                               esc. 1/1000             Estudos
Implantação                                                                                           esc. 1/500               Estudos
Perfis do terreno com inclusão da proposta e volumetrias envolventes         esc. 1/200               Estudos
Planta de pavimentos (parcial)                                                             esc. 1/200               Estudos
Planta de trabalho- (técnica cotada; Quadro sinóptico)                            esc. 1/500               Estudos
Maqueta de volumes                                                                              esc. 1/500               Estudos
Painel A1 – (Proposta de intervenção)                                                      A1 (ao alto)             Estudos

Ponto de situação - Data- 27 de Abril de 2016 - TRABALHO DE GRUPO- ANÁLISE
Descrição                                                                                               Escalas                         Fase
Peças desenhadas- (Dossier com Esquissos de percurso e desenhos finais)
Planta de localização                                                                             esc. 1/1000             Estudos
Implantação                                                                                          esc. 1/500              Estudos
Perfis do terreno com inclusão da proposta e volumetrias envolventes        esc. 1/200              Estudos
Planta de pavimentos (parcial)                                                            esc. 1/200              Estudos
Planta de trabalho- (técnica cotada; Quadro sinóptico)                           esc. 1/500              Estudos
Maqueta de volumes                                                                             esc. 1/500              Estudos
Painel A1 – (Proposta de intervenção)                                                        A1 (ao alto)        Estudos




Ponto de situação - Data- 26 de Maio de 2016 – TRABALHO DE GRUPO- PROPOSTAS
Descrição                                                                                                Escalas                         Fase
Peças desenhadas- (Dossier com Esquissos de percurso e desenhos finais)
Planta de localização                                                                                 esc. 1/1000             Final
Implantação                                                                                             esc. 1/500               Final
Perfis do terreno com inclusão da proposta e volumetrias envolventes           esc. 1/200               Final
Planta de pavimentos (parcial)                                                               esc. 1/200               Final
Planta de trabalho- (técnica cotada; Quadro sinóptico)                              esc. 1/500              Final
Maqueta de volumes                                                                                esc. 1/500               Final
Painel A1 – (Proposta de intervenção)                                                        A1 (ao alto)             Final


Ponto de situação - Data- 29 de Junho de 2016 - TRABALHO INDIVIDUAL
Descrição                                                                                            Escalas                         Fase
Peças desenhadas- (Dossier com Esquissos de percurso e desenhos finais)
Planta de localização                                                                                esc. 1/1000            Estudos
Implantação                                                                                            esc. 1/500              Estudos
Perfis do terreno com inclusão da proposta e volumetrias envolventes          esc. 1/200              Estudos
Planta de pavimentos (parcial)                                                              esc. 1/200              Estudos
Planta de trabalho- (técnica cotada; Quadro sinóptico)                            esc. 1/500               Estudos
Maqueta de volumes                                                                              esc. 1/500               Estudos
Painel A1 – (Proposta de intervenção)                                                      A1 (ao alto)            Estudos


Entrega Final - Data- 21 de Julho de 2016 - ENTRAGA FINAL – DOSSIER COMPLETO
Desta entrega resultará uma avaliação final de semestre como resultado da avaliação anual contínua até á data
Descrição                                                                                                         Escalas                         Fase
Peças desenhadas- (Dossier com Esquissos de percurso e desenhos finais)
Planta de localização                                                                                             esc. 1/1000             Final
Implantação                                                                                                         esc. 1/500               Final
Perfis do terreno com inclusão da proposta e volumetrias envolventes                       esc. 1/50                 Final
Projecto geral de arquitectura- Plantas; Cortes e Alçados tipo, 3d,                             esc. 1/200              Final
Planta de pavimentos (parcial)                                                                            esc. 1/200              Final
Planta de trabalho- (técnica cotada; Quadro sinóptico)                                          esc. 1/500              Final
Maqueta de volumes                                                                                             esc. 1/500             Final
Painel A1 – (Proposta de intervenção)                                                                     A1 (ao alto)            Final
Peças escritas
Memória descritiva e Justificativa  (Estrutura e descrição dos princípios da intervenção)                           Final
Maqueta    da área de intervenção                                                                         1/500 (com alçado)
(painel-formato digital, pdf enviado por email até dia de entrega, 12:00- uma.nunooliveira@gmail.com)            

3- METODOLOGIA
O aluno desenvolverá um trabalho contínuo de análise, materialização de uma proposta de grupo com linhas geradoras e de força da intervenção e uma proposta individual de reorganização do espaço a intervir.
Neste sentido, deverá iniciar um trabalho de levantamento do espaço, de uma forma sistemática, objectiva e gradual, quer ao nível do espaço construído, não construído e vivencial.
primeira fase- o contexto do projecto (versos) cidade, numa análise metodológica sobre o acto de projectar e representar o espaço urbano ao nível do P.P.;
Segunda fase- espaço de discussão colectiva de todas as propostas, no sentido de abranger o máximo de conhecimentos sobre os programas escolhidos. Despoletar a discussão e o trabalho em grupo e colectivamente proporcionar uma troca de informação e transferência de saberes vem incitar a um bom relacionamento profissional, ético e pessoal.
terceira fase- uma sistemática apresentação de “casos” e referências que servirão de amadurecimento do discurso de arquitectura, e representarão um incentivo á pesquisa, e á qualificação da proposta individual através da referenciação de casos conhecidos.
A par desta fase e em complemento, o aluno, desenvolverá um contínuo materializar em entregas intermédias e apresentações parciais do decurso dos trabalhos.
Por fim um período de compilação, sistematização e materialização de todo o processo em dossier próprio, e painel de apresentação. Maquetas e outras formas de representação ou ilustração da proposta serão fornecidas pelo aluno e avaliadas em sessão aberta a definir.
4-AVALIAÇÃO - critérios de avaliação
Deverá o aluno atender aos objectivos gerais e específicos consagrados no programa da disciplina.
De salvaguardar que a assiduidade refere-se á presença física nas aulas, bem como concreta e objectiva participação e desempenho durante as mesmas aulas.
O trabalho desenvolvido e constatado no período de aula é o objecto primeiro para o sistema de avaliação continua.
Os pontos de situação anunciados e constantes no presente enunciado e seu cumprimento formal, bem como a resposta em solicitações pontuais, são igualmente fundamentais e imprescindíveis para o aproveitamento na disciplina.
Critérios de avaliação pontual
O trabalho resultante da prestação e desenvolvimento do tema, traduzir-se-á numa avaliação qualitativa do trabalho individual entre A e F, nos diferentes pontos de situação e correspondendo este critério a notas pessoais do docente.
No final,
5-Bibliografia
Outra bibliografia que o docente entenda no decorrer das aulas.
6-Anexos
Poderá ser fornecida informação ao aluno e documentação complementar nos moldes que o regente entenda oportuno.
O Regente de projecto
(Nuno Oliveira, arquitecto)

Anexo 1
Desenvolvimento - Orientações para o desenvolvimento do trabalho
(Texto complementar)
Peças desenhadas- (Dossier A1)
O dossier, entenda-se como sendo um conjunto de informação num determinado formato, optado neste caso pelo docente por -A1, que resulta de um trabalho contínuo, onde esteja reflectida a evolução do mesmo e  consequentemente do aluno.
Todo o trabalho deve constar dos desenhos impressos, dos esquissos, dos pensamentos e toda a informação que o aluno tenha materializado e organizado em formato A1 “ao baixo”. Poderá o aluno em folhas normalizadas compilar outros formatos, de início do trabalho, mas deverá servir-se das impressões para evoluir e registar todas as alterações á proposta.
Desta informação, deve o aluno atender ás relações iniciais de implantação da proposta com a envolvente, em várias escalas de trabalho bem como todo o desenvolvimento em plantas, cortes, alçados ou meras e referências desenhadas.
No final e em resultado da evolução do trabalho, o estudo da ocupação do território, das condicionantes legais e regulamentares, resulta em pormenores de execução em esquisso, sinal de uma reflexão da evolução do conceito do projecto até á sua materialização.
Deverá numa fase anterior á entrega apresentar propostas de pormenorização sobre as vias estruturantes e secundárias que organizam e melhor condicionam a proposta.
De uma escala geral da proposta o aluno escolherá uma parte do mesmo e desenvolverá sucessivamente até ao estudo a 1/200 de um qualquer espaço edificado. Deverá nesta última fase do trabalho, compilar toda a informação e comprovar o seu entendimento em registos contínuos. Malhas estruturantes, plantas, cortes ou outros elementos gráficos, são alguns elementos que se prevê como ilustradores desta escala de trabalho e o culminar de um percurso desde os estudos preliminares ao projecto de execução da escala urbana.
Peças escritas
Uma memória descritiva e Justificativa deverá começar por descrever física e volumetricamente a proposta, mas não esquecendo a coerente justificação de todo o processo. Deverá a mesma ser acompanhada por imagens que ilustrem de uma forma clara o discurso. Imagens do local e da envolvente, fotos de maquetas, imagens de referência, perfis e ângulos na escala humana e urbana que permitam o melhor entendimento da proposta e principalmente na relação do indivíduo ao espaço urbano.
Um conceito, uma ideia ou um conjunto de ideias que foram sendo registadas ao longo do processo, ilustradas por desenhos de percurso, e concluindo a mesma memória num pequeno caderno de encargos descritivo sobre, “O conceito de cidade”.
Não esquecer a abordagem a questões técnicas como redes ou subsistemas como electricidade, rede hidráulica ou  outra.
De salientar que em todo o  discurso e na sequência das matérias apreendidas, o aluno deverá explicar a relação da proposta com as condicionantes programáticas, a relação da mesma com o seu contexto. O ambiente, o clima, a exposição solar ou até os materiais utilizados, sejam estruturais ou de revestimento, sempre numa perspectiva de entendimento e relação da proposta com o contexto.
A escolha de paramentos ou pavimentos, pode ser variada para desmontar os conhecimentos adquiridos, ainda que a opção seja uma apenas, mas demonstre por comparação o entendimento do processo e material escolhido.
Maqueta
Uma maqueta de estudo não é mais do que uma forma de entender volumetricamente e espacialmente o estudo e a proposta. Na escala de trabalho a 1/500 deverá atender ás relações com o “sítio”- a envolvente directa ou em determinados casos recorrendo ao sky-line, condicionantes espaciais mais alargadas, sendo que a mesma, deve ser claramente reflexo desse estudo. Para esta escala, qualquer material, seja leve e fácil de trabalhar serve o propósito.
Nesta segunda maqueta de proposta final deverá então ter atenção ás aberturas, proporção e expressão volumétrica e dos materiais utilizados. Deverá usar para este caso, Kline, ou placas de “esferovite”, cartão ou outro mas que possibilite a percepção do ritmo de aberturas, relação volumétrica dos vários pisos e corpos, e principalmente a relação do objecto com a escala humana.
Peças desenhadas- (Painel A1)
Numa perspectiva de materializar e sistematizar os conhecimentos adquiridos, um trabalho de final de curso requer um especial cuidado na apresentação e síntese da proposta. A capacidade do aluno em desenvolver uma proposta mas igualmente apresentar, justificar, e argumentar com um discurso seu, coerente e organizado faz parte dos objectivos pedagógicos e académicos.
Igualmente numa perspectiva de levar a um conhecimento público o produto do ensino que se pretende de qualidade, organizamos várias sessões de apresentação das propostas em avaliação contínua, em aulas informais e será o mesmo trabalho apresentado em formato final em sessão própria e formal.
Assim, pretende-se a apresentação de um painel, como resumo do trabalho e sendo fornecida uma minuta de orientação com rosto em que o aluno por sua escolha e decisão organiza o conteúdo. A capacidade de síntese, bem como a qualidade e conteúdo do trabalho e produto final, será a última apreciação a resultar num avaliação anual.
Dois painéis são o sugerido para apresentação da proposta.
O primeiro, um resumo com a identificação da intervenção, localização e implantação traçam os primeiros riscos, esboços, linhas geradores e orientadoras do trabalho. Uma ou outra imagem da referência ou de uma representação expressiva das linhas de força da proposta. Cheios/vazios; massa construída/ arruamentos; espaço público ou espaço privado, entre outras formas de representação.
Planta, corte e alçado a uma escala 1/2000 a 1/500, um ou outro pormenor ou esquisso, fotos de referências, ou outros elementos resumem e servem de base para uma apresentação e exposição oral da proposta.
Um segundo painel, pretende materializar a uma escala superior os estudos efectuados. A uma escala de execução do plano-1/1000 e partes representadas a 1/500 ou superior, justificam e exemplificam a possível execução e materialização da proposta. Perfis de arruamentos e relação da escala humana com o edificado, são elementos fundamentais para compreender a proposta. Não deverá ser no entanto esquecida a componente de síntese, onde parágrafos, “palavras chave”, ou identificação, ilustram cada peça.
Na perspectiva de articulação com a disciplina de Construções III, o trabalho é desenvolvido a par desta, sendo abordados temas como redes ou aspectos técnicos, regulamentares, com hidráulica, deverá o aluno fazer referência a estes aspectos.
O Regente de projecto:
(Nuno Oliveira, arquitecto)

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