outubro 20, 2019

Mensagem Final de Ano lectivo, UMA 2019

Exmos. alunos.
Universidade Metodista de Angola, 2019

Após grande interregno, irei retomar esta forma de comunicar e registar a informação, compilar os documentos-base para vossa orientação neste desfecho do ano lectivo 2019.
Faço notar que todos os elementos devem servir de consulta e base de trabalho, sem, no entanto, dever recorrer ás orientações fornecida no âmbito e contexto de sala-aula.
Irei publicar os programas, alguns textos de referência para consulta e apoio ao estudo, bem como orientações para a realização dos TFC.

Por fim e relativamente aos alunos de 5º ano, refiro e ressalvo a importância deste trabalho conclusivo de curso, último reduto e oportunidade, por um lado, para discutir, tornar num acto experimental e conceptual do que se pretende da vida e percurso académico, pelo que o sentido crítico construtivo se torna fundamental, ora por outro, numa aproximação ao verdadeiro exercício profissional do arquitecto, pelo que a materialização, a real exequibilidade da proposta deve ser tida em conta.

Como costumo dizer, Conceito Materialização e Comunicação.

O lado conceptual é, no entanto, na vossa fase e percurso final, um mero acto de pensamento, de orientação e “mote” para o trabalho. Corresponde a não mais do que 5% do real trabalho a desenvolver.
A materialização garante e justifica que o trabalho, por mais subjetiva e poética forma de o entender, seja materializável e exequível. Isso significa, plantas cortes alçados e demais formas de representar graficamente a proposta.
Comunicação significa, informar, esclarecer, ser de uma forma inequívoca passada a mensagem técnica e representativa da proposta.
Assim, numa realidade actual e ferramentas informáticas ao dispor, não se justifica que a proposta seja meramente gráfica e redutora com as ditas plantas.
A apresentação e capacidade do aluno em transmitir uma qualquer proposta se torna fundamental para a realidade profissional do arquitecto.

Acresço ao facto de que, pensar e manifestar, ter a capacidade de reagir um qualquer pensamento e justificação, quer conceptual, quer descritiva é uma obrigação. O arquitecto não é um mero artista plástico que trabalha em arte artesanal em que o manuseamento da forma que vem de um acto meramente experimental.
Hoje a arte, seja ela qual for, é muito mais conceptual e sublime em mensagens e códigos que o artista desmonta, descodifica, justifica, e torna o acto mais erudito e intelectual.

Assim uma memória descritiva e justificativa é, não só obrigatória, como imprescindível para o momento de avaliar um qualquer trabalho.
Não quererão por isso uma avaliação subjetiva do docente, mas sim a própria avaliação em função do que o aluno defende e procura materializar.
Sejam por isso proactivos e queiram atender á urgência e emergência nesta recta final do vosso percurso académico.


(Nuno Oliveira, Arquitecto)

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